O Chanceler, um dos oficiais da Loja, é detentor de um “Selo” tradicional, composto de uma
plaqueta de metal tendo invertido o emblema da Loja; esse Selo era usado para “lacrar” a
correspondência ou oficializar um documento.
O Selo é usado nas iniciações, quando o Experto ameaça o Iniciando de o marcar com fogo –
obviamente, um ato simbólico, pois apenas é colocado sobre a pele do peito.
Pode-se afirmar que a Iniciação marca com fogo espiritual o maçom e essa marca é indelével.
Todo maçom deve conscientizar-se de que está marcado permanentemente, o que o constituí
como que uma separação do vulgo profano.
A chancela usada não é muito comentada pelos autores maçônicos, embora todos saibam que
qualquer símbolo, por mínimo que pareça ser, tem o seu lugar, tanto na ritualística como na
mente.
O maçom é “selado” uma única vez, e essa marca, que desaparece após um banho,
“materializa” a Iniciação, uma vez que é o único sinal material que o Neófito leva para sua
casa.
Não se confunda “selar” com “tatuar”, pois a tatuagem é uma gravação permanente que
atinge a epiderme. Toda vez que passamos pela mesa do Chanceler, deve vir a nossa mente o
ocorrido na Iniciação.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, – 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 360.